Voar sempre esteve nos sonhos de Paulina. Quando era bem
criança, sonhou com seu primeiro voo. Eram em tons de cinza claro, escuro,
preto e branco, mas ela insistia em acrescentar outras cores às imagens, indo
contra afirmação que sonhamos em preto, branco e cinza. Desde então, o mesmo
sonho a visitava sempre – Ela se via voando alto, plainando sobre o bairro onde
morava e assistia a vida das pessoas, sentia-se onipresente e onipotente.
Em uma dessas viagens aéreas, viu um senhor se esforçando
para colocar um alto falante em cima de uma árvore. Ele era uma espécie arauto
das coisas divinas e a menina se compadeceu, tentou descer para ajuda-lo, mas
não conseguia aterrissar. E percebeu que voar tinha seu preço e não havia como
interferir nas cenas que assistia do alto do seu privilegio de ser quase Deus.
Simone Fernandes.
Quando se voa, às vezes não dá para voltar ao chão com tanta facilidade...
ResponderExcluirAbraços, Si!
Já estava na hora de reavivar o Balaio e Paulina sempre tem muito o que contar.
ResponderExcluirPassei com ela pelos ares e deu até pra sentir a aflição em não poder ajudar o senhor a colocar o auto falante.
Surreal e lindo. Surreal e tu!
Teria Paulina "avoado" com as tuas asas de passarinha?
Beijo, preta.
Quando senti Paulina, percebi, como aquela música dos Titãs- Nem sempre se pode ser deus.
ExcluirBeijos, Leonel e Milene.
As avoantes estão arribando. E as procelárias não pousarão enquanto houver vento. A mensagem está no voo.
ResponderExcluirAbraços, meninas.
Este poema-comentário
ResponderExcluirÉ coletivo, ao contrário
De outros, individuais;
Feito com tesoura e cola
Como um trabalho de escola
Para afixar em murais.
Tantos amigos eu tenho
E a todos eles venho
Desejar bom Ano Novo
Repetindo com preguiça
Esta mensagem postiça:
Bom recomeço, meu povo!
Feliz 2013, Si.
Pois é....
ResponderExcluirenquanto a casa cai
o pranto estilhaça
a certeza sem cabimento
de crer em tijolo
e cimento
e a gente então voa.
[mas bem que você poderia voltar né?]
beijo