Não há nada que me
agrade mais do que conhecer pessoas. Eu consigo passar horas olhando alguém,
reparando seus gestos, sons e expressões involuntárias.
E por isso, percebo
coisas que ainda me atemorizam quanto ser sociável que aspira ter um tantinho
de cultura e educação. E esse meu pasmo, pode parecer infantil, piegas ou
romântico. Mas, estar em pleno século XXI e constatar que muitas pessoas ainda
vivem um comportamento “pequeno- burguês” de séculos passados, ostentando
atitudes que classificam de classe, ignorando ou exaltando outras de acordo com
seu status, leia-se, poder econômico. Negando gentilezas que gerariam um mundo
melhor e eu não estou falando de uma utópica ideia de igualdade social, mas de
um sentimento de humanidade. Apavora-me!
Há pouco tempo fiz uma
viagem e o primeiro abraço que recebi foi do taxista que foi me buscar no
aeroporto e gentilmente me levou pelo percurso mais bonito da cidade, sem cobrar
nada mais do que já tínhamos acertado. Chegando ao hotel, novamente fui afagada
pela generosidade de dois atendentes que me ofereceram uma água com gás e se
recusaram a receber por isso e lamentaram que àquela hora (uma e meia da
madrugada) não tinham mais suco ou outra coisa melhor para oferecer. E no
decorrer do dia recebi de braços abertos todas as outras demonstrações de vida
humanitária vinda de um grupo que, muitos chafurdados num lamaçal de soberba,
protocolos ultrapassados e etiquetas tão boçais, tratam como invisíveis.
Não cumprimentar o
porteiro; não agradecer uma camareira, não responder- sim, por favor; não,
obrigada; negar agradecimento por algum serviço prestado; nos torna melhores ou
superiores a quem?
O meu olhar constrói e
desconstrói o feio e o bonito.
“Eu não espero pelo dia
em que todos os homens concordem, apenas, sei de diversas harmonias possíveis,
antes do juízo final”.
Simone Fernandes.
Essa é a minha Simoninha
ResponderExcluiruma mulher afinada com a vida e uma menina desafiando o mundo. Te admiro muito e você sabe muito bem.
Beijos mulher da boca que mais parece uma flor!
Sou seu fã.
Hoje à tarde, quando estava com minhas sobrinhas ajudando na tarefa da escola, lancei um "Minim, me dê um copo d'água" pra minha tia, numa meiguice considerável. Marina, minha galêga de 8 anos, me sussurrou ao ouvido: "faltou o 'por favor', né madrinha?"... É. Faltou. A gente costuma imaginar que pequenos gestos de educação e gentileza não são tão importantes. Ah, quanto engano. Me lembro do doutor da areia, lá na Ponta Verde, da sua gentileza em cuidar da Giovanna com tanto zelo, quando não haveria motivo real para fazê-lo, a não ser a intenção de ajudar alguém a estar melhor.
ResponderExcluirA gente é tudo uma coisa só. Às vezes coisa boa, outras nem tanto. Falíveis, feios, lindos... Humanos.
Beijo, passarinha escrivinhadora.
Saudade de me perder contigo naquele caminho longo da praia ao hotel.
Saudade do seu abraço.
Para transpor montanhas, atravessar desertos e cruzar abismos existem umas poucas palavras mágicas. Todos as conhecem, mas há quem não acredite na magia delas, pois seu poder está na sinceridade com que são ditas. Por favor, obrigado, com licença... e outras - são chaves que abrem portas.
ResponderExcluirBeijos, Si.
É uma questão de evolução,Rodolfo...
ExcluirQuando ouço meu neto dizer: "desculpa., vó", eu vejo o mundo com mais ternura...mas é fato que este vocabulário anda escasso, as atitudes então...
ResponderExcluirBeijos, moça do olhar bonito!
Tem pequenas coisas que não custam nada e são imateriais, mas podem contribuir para elevar o nível de satisfação das pessoas...
ResponderExcluirEssas pequenas gentilezas no trato geralmente mudam as atitudes para melhor e geram correspondência...
Mas, tem gente que prefere o esnobismo!
Certamente não carecem de calor humano...
Abraços, Si!
O moço aí´no Rio já não cantou a bola "gentileza gera gentileza"? Mas tem gente que não crê, tem gente que prefere continuar a comer salame e arrotar presunto (como dizia minha mamis), tem gente(?)né?
ResponderExcluirBeijuuss n.a.
Pois é, Rê.
ExcluirBeijos!
Lindo te ler,Si!!! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirOlá, acho seu blog muito interessante! Podemos ser cordiais com o ser humano né! Se a Srta permitira a estarei seguindo, um abraço
ResponderExcluirVenho e encontro muito bem sortido este seu Balaio virtual aqui, Si. Que bom.
ResponderExcluirEssa viagem como relatada sem dúvida que foi bem mais agradável do que teria sido se você optasse pela desconsideração para com algumas pessoas, elas mesmas gentis, desde o taxista.
Muito bem, apoiada.